Um grande amor não morre, apenas adormece...

Lembrei de você, Maria!
















Caminhava na sua direção,
Você como estrada, e eu como aventureiro...
Caminhava... Caminhava...
Buscava o que ainda restava-lhe...
Restava-lhe brilho da lua,
A lindeza de uma beleza perdida,
Fragilizada, sofrida, mas ainda sorria.
Ai como detesto o em, EM, em o quê...
O EM de Embora Melhorasse ou o
EM de Estou Melhor sem estar...
Retorcida e misturada de eus,
Um que a atormenta por horas
E outro que a seduz de alegria por segundos...
E eu como aventureiro desiludido de razões,
Passo verdadeiramente a amar...
Amar a você... ,
Amar a você como um sempre...
Amar o impossível ou só amar por dois...
Por mim e você....
AH! Ingratidão de vida...
Você não merece sofrer tanto,
Amor da minha vida...
Eu choro suas lágrimas,
Eu agonizo as suas dores...
Eu me faria de ti pra ter a ti...
A vida, às vezes, nos trás incertezas,
Mas, o poder do amor nos dá toda a força para vivê-la.
Meus sentidos caminham e se perdem de você,
Não nos seus horizontes,
Mas nas suas esperanças vencidas pelas dores...
Caminhava... Caminhava... desesperado caminho..
Eu por ser o ser menor,
Ainda que faça o melhor pra você, ainda é pouco.
É egoísta, é mesquinho, é ordinário achar conserto,
Pelas forças de um sentido sentimentalista.
Aborrece-me aspirar cura e curas
E o que mais vejo doenças... doenças...
Espalhadas na mente do corpo,
Transfigurando sua alma em nada... nada.
Será Senhor o que eu sinto é nada por nada?
Será que o nada, nada também por mim?
Quanto amor eu hei de derramar na Terra,
Para que floreça novamente você?
Quantos dias se farão mortos,
Para num segundo viveres a eternidade sua?
Quanta paixão há de morrer,
Ficarão frias, ultrajadas pelas suas emoções adormecidas na dor,
Perdidas de desilusões não acometidas,
Por saber e não aceitar que do pó viestes e do pó tornarás.
Como nada sei do que mais sei,
Saberei dizer por saber que tudo sei de você,
Esse infinito amor que sinto por você,
Amada sempre querida,
É pouco, ainda que nos restasse uma eternidade para vivê-lo.

Mário Augusto de Souza

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